
Eu vou recomeçar as minhas aulas na faculdade nesta segunda-feira, dia 27. Tenhos três trabalhinhos de férias pra fazer e que eu fiquei empurrando com a barriga durante todo este mês (risos). Mas antes de voltar a fazê-los (sim, eu estava fazendo-os) eu gostaria de escrever sobre algo que eu não parei de pensar desde que lembrei de uma discussão que tive numa das inúmeras aulas de Ciência Política e Direito Civil.
Nós falávamos sobre o fim da família tradicional e a ascenção da família afetiva. Resumindo: Não importa se eu tenho laços sanguíneos com você, contanto que eu lhe ame e vice-versa.
Sou completamente a favor e, de fato, eu acredito na existência da família afetiva. Quem não tem - há de ter - alguém importante que ame como a um irmão, como até mesmo a um pai ou uma mãe...
Em alguns casos, o fato de ser um parente biológico nem significa muita coisa. Mas o que eu tentei expressar no dia (e eu acho que não consegui muito bem) foi a banalização do verbo "amar".
Hoje, tudo é motivo pra casamento.
"Conheço uma pessoa há um mês e vamos nos casar no próximo porque já não consigo viver sem ela". Nossa, fico até agoniada quando ouço essas
coisas...
O ser humano é algo complexo, paradoxal e ambivalente. Você acha que o conhece, mas o tempo pode trazer surpresas inesperadas.Você acredita numa ilusão que criou.
Meses ou alguns anos podem não ser suficientes para mostrar quem de fato aquela pessoa é. As vezes nem mesmo ela sabe. Eis o perigo de se relacionar às cegas.
E o que mais me deixa "revoltada" (não era bem essa palavra que eu queria usar) é quando essa banalização do verbo "amar" atinge pessoas inocentes: os filhos.
"Eu o amo e por isso quis ter um filho com ele". Ah! Qual é? Isso se chama o cúmulo do egoísmo! Uma pessoa dessas sequer está pensando na criança que vai crescer e se desenvolver, mas está vendo a criança como um objeto, a "prova de amor".
Essas emoções fulgazes, essa falta de tato nos relacionamentos levam, invariavelmente, a separação. Depois essa tal pessoa imaginária casa-se de novo e, mais uma vez, levada pelo sentimentalismo do momento, sem raciocinar, sem pensar que suas ações, agora, envolvem seu filho também.
E eis que temos um ciclo sem fim até o dia em que essa pessoa caia na real e veja que casar e ter filhos não é como brincar de casinha. Uma criança precisa de estabilidade, de pais presentes, de pessoas queridas que lhe dêem apoio e orientação.
Ter um filho nos dias de hoje é um ato de coragem que eu admiro. Eu imagino que não deva ser nada fácil. Mas, também, deve ter uma sensação de plenitude ao ver um filho crescido trabalhando, se esforçando e percerber que se tornou um homem/mulher de bem.
O certo, na minha humilde opinião, seria:
"Eu o amo e estou pronta para ser mãe assim como ele está pronto para ser pai". E vice-versa...
Não se esqueçam que não se cria os filhos para si, mas para o mundo. As crianças de hoje
são os adultos de amanhã e uma criança feliz e bem
orientada tem muito mais chance de ser um cidadão capaz de fazer algo de positivo tanto para a sua comunidade quanto para o mundo.

Um livro muito bom que tive certo contato nas férias foi:
Pais Brilhantes, Professores Fascinantes de
Augusto Cury(Sim, eu gosto de ler um pouco de tudo).