sábado, 28 de abril de 2012

Miscelânea

[Do lat. miscellanea.]
S. f.
 1.     Mistura de variadas compilações literárias.
 2.     Volume que se compõe de coleção de estudos afins, escritos por vários autores para homenagear uma pessoa ou instituição em data significativa; poliantéia, miscelânea de homenagem, volume de homenagem.
 3.     Fig.  Mistura de coisas diversas. 

Pois bem, eu cheguei a conclusão que eu sou o sentido figurado de miscelânea. A terceira opção nos significados acima. Por quê? Bom, eu não sei dizer ao certo, mas eu não sou linear. Tudo muito estável me chatea, mas eu preciso de estabilidade. Sou bem moderna, mas sou muito tradicional também. Gosto de adrenalina, mas sou bem calma.
No fim das contas, como eu tentaria me classificar? Eu não faço ideia...

"Eu estou bonita, mas não sou bela.
Tenho pecados, mas não sou o diabo.
Sou boa, mas não um anjo".
Marilyn Monroe

terça-feira, 3 de abril de 2012

Adeus, Amélia?!

As mulheres são os seres mais admiráveis do mundo. É incrível o quanto elas foram subordinadas, exploradas e subestimadas (e, mesmo assim, deram a volta por cima). O fato é que elas têm mostrado ao mundo o quão forte são e que não precisam de homem nenhum para alcançar o sucesso.

Lendo o Blog da Natália Klein recentemente não pude não pensar no texto sobre relacionamentos, carreira e etc: One is the loneliest number. Vivemos numa sociedade que preza muito mais pela individualidade do que a sociedade do tempo dos nossos pais, por exemplo (quiçá dos nossos avós). Mulheres já não são mais donas de casa que esperam ansiosamente pelos seus maridos ou jovens assíduas esperando o tal pedido de casamento. Não somos mais preparadas desde meninas a cozinhar, lavar, passar e etc (falando a verdade: eu não sou lá essas coisas na maioria dessas tarefas citadas).

Há alguns anos atrás (não muitos, devo dizer), eu tinha um discurso bem "Amélia" mesmo. E, com o passar do tempo, eu não quis mais ser a Amélia de homem nenhum. Fui percebendo que o ser humano é muito maquiavélico, dissimulado e, na maioria das vezes, idiota (digo ser humano pra não dizer "homens" - afinal, mulheres também são assim). O ponto é que, por mais independente que a mulher possa ser hoje em dia, homens e mulheres continuam muito diferentes (na grande maioria das vezes). Fazendo uma análise sociológica das relações das minhas amigas (fazendo, inclusive, uma retrospectiva das minhas próprias relações mal sucedidas), eu posso dizer que elas mergulham de cabeça naquele relacionamento que estão tendo e, passado algum tempo, o resultado, geralmente, é o desaparecimento repentino do cara, um fora tácito (ou não) e tudo o mais.

Eles, infelizmente (ou não), ainda são criados para o desapego enquanto as mulheres ainda querem o chamado "algo mais" ou relacionamento sério ou qualquer coisa que você quiser chamar isso. O fato, é que isto vai alcançando um nível de necessidade assustadora com o passar do tempo (e isso vai depender de mulher para mulher). Claro que isso acontece com o homem também. O problema é que o tempo para os homens demoram duas vezes mais para alcançar esse tal nível desesperador.

Apesar da revolução feminista, da queima dos sutiãs, da liberação do sexo, da reprodução independente... Toda mulher ainda tem um pouco de Amélia. Ou é cuidadosa e gosta de ser cuidada, e/ou gosta de cozinhar, lavar, passar e/ou então quer ter o tal do alguém ao seu lado. O alguém. Esse é o "x" da questão para a maioria das mulheres.

Homens reclamam que as mulheres são complicadas, mas se eles parassem um pouquinho para analisar a história das mulheres a conclusão seria muito fácil. As mulheres querem independência pelo medo da subordinação dos séculos anteriores, mas, também, querem ser cuidadas, mimadas, receber galanteios e ter aquilo que se chama de companherismo. Afinal, as mulheres ainda são frágeis e sentimentais (por mais fortes que aparentem).Assim, pela própria natureza da mulher, para um homem que respeite seus limites e seus anseios, por quê não ser um pouco Amélia pra ele se ele for um pouco Amélia para ela?