sexta-feira, 31 de julho de 2009

Viajar é preciso!

Ah, como é difícil voltar as aulas depois de 40 dias de férias. Ta complicado de acordar cedo, de dormir cedo e já tenho um monte de livros e apostilas pra ler. Até parece que nem saí de férias...

Também não viajei para lugar nenhum nesses 40 longos e passageiros dias. Senti falta de ir para algum ambiente diferente. Fiquei pelas redondezas e depois, somente, a minha casa. Já não estava mais aguentando olhar para a mesma parede todos os santos dias... Por incrível que pareça eu tava rezando para as aulas começarem.

Não é que eu não goste das minhas aulas. Eu adoro! Mas... Ah! Eu queria ter aproveitado mais! Ter rido mais, ter saido mais e, principalmente, viajado!

Não tem nada melhor do que sair de férias, organizar um grupo grande de amigos, pensar num lugar interessante e sair pela estrada ouvindo um bom CD, iPod, mp3 e afins calmamente.

No início desse ano eu viajei para a Chapada Diamantina (BA). Foi encantador! Conheci pessoas incríveis, fiz belas amizades, entrei em contato com a natureza e, enfim, me senti viva! A Chapada é um dos destinos mais místicos que existe. Não tem como você não se emocionar. Lá a energia é diferente: é mais forte, mais perceptível, mais pura!

Estou com o livro de Direito Civil aberto olhando meus esquemas no caderno e sentindo uma saudade que chega a ser dolorosa dentro do peito ao lembrar dos momentos mágicos na Chapada e das pessoas que também foram mágicas...

Eu Recomendo: Ir para a Chapada Diamantina ou no meio do Ano (em épocas de Junho para curtir os festejos juninos) ou no final (dezembro ou janeiro - pode ser fevereiro também). Na minha opinião, no meio do ano a melhor cidadezinha seria Mucugê ou a Vila do Capão. No finalzinho tanto faz, mas eu não recomendo muito Lençois. Como é uma cidade muito procurada e o centro turístico da Chapada ela perdeu o charme de cidade pequena. A Vila do Capão é muito conhecida pelo seu ar místico e hippie enquanto Mucugê pela graciosidade. Ambas, para mim, são o melhor ponto de partida para se conhecer a Chapada (que é enorme).

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

(Amyr Klink)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sobre pais e filhos

Eu vou recomeçar as minhas aulas na faculdade nesta segunda-feira, dia 27. Tenhos três trabalhinhos de férias pra fazer e que eu fiquei empurrando com a barriga durante todo este mês (risos). Mas antes de voltar a fazê-los (sim, eu estava fazendo-os) eu gostaria de escrever sobre algo que eu não parei de pensar desde que lembrei de uma discussão que tive numa das inúmeras aulas de Ciência Política e Direito Civil.

Nós falávamos sobre o fim da família tradicional e a ascenção da família afetiva. Resumindo: Não importa se eu tenho laços sanguíneos com você, contanto que eu lhe ame e vice-versa.

Sou completamente a favor e, de fato, eu acredito na existência da família afetiva. Quem não tem - há de ter - alguém importante que ame como a um irmão, como até mesmo a um pai ou uma mãe...

Em alguns casos, o fato de ser um parente biológico nem significa muita coisa. Mas o que eu tentei expressar no dia (e eu acho que não consegui muito bem) foi a banalização do verbo "amar".

Hoje, tudo é motivo pra casamento. "Conheço uma pessoa há um mês e vamos nos casar no próximo porque já não consigo viver sem ela". Nossa, fico até agoniada quando ouço essas
coisas...

O ser humano é algo complexo, paradoxal e ambivalente. Você acha que o conhece, mas o tempo pode trazer surpresas inesperadas.Você acredita numa ilusão que criou.

Meses ou alguns anos podem não ser suficientes para mostrar quem de fato aquela pessoa é. As vezes nem mesmo ela sabe. Eis o perigo de se relacionar às cegas.

E o que mais me deixa "revoltada" (não era bem essa palavra que eu queria usar) é quando essa banalização do verbo "amar" atinge pessoas inocentes: os filhos.

"Eu o amo e por isso quis ter um filho com ele". Ah! Qual é? Isso se chama o cúmulo do egoísmo! Uma pessoa dessas sequer está pensando na criança que vai crescer e se desenvolver, mas está vendo a criança como um objeto, a "prova de amor".

Essas emoções fulgazes, essa falta de tato nos relacionamentos levam, invariavelmente, a separação. Depois essa tal pessoa imaginária casa-se de novo e, mais uma vez, levada pelo sentimentalismo do momento, sem raciocinar, sem pensar que suas ações, agora, envolvem seu filho também.

E eis que temos um ciclo sem fim até o dia em que essa pessoa caia na real e veja que casar e ter filhos não é como brincar de casinha. Uma criança precisa de estabilidade, de pais presentes, de pessoas queridas que lhe dêem apoio e orientação.

Ter um filho nos dias de hoje é um ato de coragem que eu admiro. Eu imagino que não deva ser nada fácil. Mas, também, deve ter uma sensação de plenitude ao ver um filho crescido trabalhando, se esforçando e percerber que se tornou um homem/mulher de bem.

O certo, na minha humilde opinião, seria: "Eu o amo e estou pronta para ser mãe assim como ele está pronto para ser pai". E vice-versa...

Não se esqueçam que não se cria os filhos para si, mas para o mundo. As crianças de hoje são os adultos de amanhã e uma criança feliz e bem orientada tem muito mais chance de ser um cidadão capaz de fazer algo de positivo tanto para a sua comunidade quanto para o mundo.


Um livro muito bom que tive certo contato nas férias foi:

Pais Brilhantes, Professores Fascinantes de Augusto Cury


(Sim, eu gosto de ler um pouco de tudo).

terça-feira, 21 de julho de 2009

IYA 2009

Assistam até o fim! São só seis minutinhos e 38 segundos!





Não sei vocês, mas eu sinto uma estranha atração pelo desconhecido. Quando eu estou longe da metrópole eu gosto de sentar na grama e ficar olhando o céu estrelado e me perguntando: "O que diabos tem lá em cima?".

Será que estamos sós nesse planeta? Será que existe mesmo vida inteligente? Para os espiritualistas existem seres mais evoluidos e menos evoluidos que os humanos em outros planetas (ou planos). Difícil é imaginar que existem seres piores que o homem por aí pelo espaço...

Isso me faz lembrar do filme "Presságio" com Nicolas Cage que lançou por agora (já está em DVD). O final é meio clichêzinho, mas no todo eu gostei (óbvio que eu não vou entrar em detalhes sobre o final, ne?).

Um filme que de certa forma me emocionou sobre isso foi "Contato". Foi um belo filme, nem um pouco clichê e com um final surpreendente. Vale a pena alugá-lo no fim de semana, galera.

Mas o motivo do post sem sentido não é nada disso. Eu, simplesmente, tive insônia a noite toda (exagero) e eu fiquei com uma vontade "insana" de falar sobre isso.

IYA 2009 (Internacional Year of Astronomy)

Site: http://www.astronomia2009.org.br/

O Ano de 2009 é nada mais nada menos que o Ano Internacional da Astronomia. Com uma série de programas globais, talvez a sua cidade seja agraciada para sediar um deles e você nem esta sabendo.

A minha cidade, pobrezinha, certamente não será tão agraciada assim. Arte e cultura? Aqui só tem Carnaval em primeiro lugar. O teatro tem até tido uma procura e oferta maiores ultimamente, mas nem os pontos turísticos se salvam. Restauração já!

Voltando...

Quem se interessar o site está ali em cima!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Memórias Estudantis...

Primeiramente explicando...

Gostaria de agradecer as minhas amigas Marie e Bee pelo incentivo e apoio!

Mas o que seria "O Neanderthal"?

Um blog com conteúdo satírico político, sociológico e antropológico. Através do delicioso humor ácido aqui faremos uma reflexão, mas hoje não teremos o humor ácido nem satírico. Hehe...


Estive lendo por esses dias um livro chamado:


Memórias Estudantis: Da fundação da UNE aos nossos dias de Maria Paula Araujo

Ali pude relacionar e raciocinar muita coisa sobre a luta histórica de nosso país. Afinal, o que é a UNE? Para os pessimistas de plantão que acreditam que o movimento estudantil está morto é porque eles mesmos estão estagnados na sociedade. O movimento estudantil vive! Enquanto ainda houver jovens com idéias inovadoras, a coragem para combater e a vontade de mudar o movimento estudantil viverá.

Irum Sant'Anna, na época da formação da UNE estudante de Medicina, na página 27 do livro diz:

"Nós queríamos fazer uma entidade de estudantes, cuidando dos interesses dos estudantes, mas, ao mesmo tempo, uma entidade política, democrática, que estivesse, desde o início, lutando por todos os interesses nacionais. Surgiam, naquela época, a luta pela siderurgia nacional, a luta pelo petróleo nacional e, posteriormente, a luta contra a bomba atômica, a luta do Petróleo é Nosso. Enfim, nós queríamos uma entidade assim, sonhamos com uma entidade desse jeito. E o espanto que eu vejo, agora, com a minha idade provecta é que aquele sonho nosso foi realizado na prática muito acima do que nós imaginávamos.
Nosso sonho era este: uma entidade democrática, política, atuando politicamente e, ao mesmo tempo, tratando, dos interesses dos estudantes. A UNE ultrapassou tudo o que nós sonhávamos".

Ficamos por aqui. Lutando contra a regressão de valores, contra a regressão de idéias e com o ideal de alcançar sempre a evolução...

O cenário é sempre mutável depende, apenas, de seus atores em cena.